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18 de maio de 2010

É a arte que imita a vida?

Imagine um encontro inesperado, entre duas pessoas distintas, algo que ambos não esperavam e que no mesmo momento percebem algo. A timidez começa a dar espaço para a intensidade.
Há então uma mistura de sentimentos como a paixão, o desejo, o prazer, o ciúmes e a culpa. E de repente você descobre que esse tipo de sensação, de relacionamento, só acontece uma vez na vida.

Lindo imaginar tudo isso né? Em seguida vem o pensamento de que o príncipe encantado foi encontrado e o desejo de serem felizes para sempre. Não é mesmo?

Pena que as coisas não acontecem quando queremos ou precisamos. Por isso pensei muito sobre isso no ano passado e só agora criei coragem para escrever esse post, tenho medo de comprometer algumas amigas, mas o importante é não citar nomes.

Tenho muitas amigas que namoram a anos, algumas ainda vão casar, outras já casaram e as mais modernas "juntaram". O que vemos nesses casais é que o Amor está sempre presente, mas e a Paixão? Infelizmente com o tempo ela se esgota e dá espaço para o comodismo. Pronto, a receita para o casamento perfeito e eterno (igualzinho ao dos nossos avós).

Li isso na edição de Maio/2010 da revista Superinteressante. Aliás foi dela que tirei vários itens desse post.

Mas como disse anteriormente, nada acontece exatamente do jeito que queremos e nem quando queremos.

Dessas amigas citadas acima, tenho duas que passaram por uma situação complicada. Igualzinho a Francesca, vivida por Meryl Streep no filme "As pontes de Madison".

No filme Francesca é uma fazendeira de Iowa que vive (nem tão feliz) um casamento de 15 anos que lhe deram 2 filhos, logo no início sabemos qual o caminho escolhido pela personagem, pois é narrado pelos filhos que leem o testamento da mãe.

A família mal se fala. Um dia o pai vai com os filhos a uma feira, Francesca decide ficar em casa para descansar. Mas no 1º dia o fotógrafo da National Geographic, Robert Kincaid (Clint Eastwood) para em frente a sua propriedade para saber onde fica a famosa ponte.

Ela o acompanha, depois o convida para jantar e os quatro dias de folga de tornam quatro dias intensos e cheios de desejo e paixão. Exatamente como o descrito no parágrafo inicial.

A cena mais emocionante acontece quando ela decide ficar com o marido e os filhos, ele não entende, fica por perto e reaparece numa tarde chuvosa. Não vou descrever a cena inteira, mas você deve imaginar como foi. Eu fiquei louca, literalmente gritanto, pedindo para ela abrir a porta do carro e ir embora com ele.

Assim como Francesca, essas minhas duas amigas tomaram a mesma decisão. Hoje ambas estão bem e felizes, certas de que fizeram a escolha certa. Depois de momentos mega perturbadores e tensos, do qual acompanhei e dei conselhos.

Agradeço por isso não ter acontecido comigo, mas fico imaginando como seria e não consigo decidir por qual lado cair.

Mas e você?
Arriscaria tudo (anos de namoro/casamento; familia; amigos em comum; momentos ...) por uma paixonite que pode passar quando o comodismo chegar?
Ou ficaria em terra firme e continuaria a contruir o que já haviam começado, sabendo que também pode vir a acabar um dia?


=**

Detalhe: Nenhuma dessas minhas amigas viram o filme.

3 comentários:

Rapha disse...
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Fabis Matrone disse...

Dica bacana!

Blog a sua cara!

Saudades Thata!

Como estáaaaaaaaa?

Beijos

Renato disse...

Post intenso hein! Aliás, Clint Eastwood pra mim é um dos meus cineastas favoritos, desde os filmes dele de Faroeste até os atuais. Aliás, "As Pontes de Madison" também virou peça de teatro, senão me engano em Nova York. Bjus! Até mais!

Renato