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28 de junho de 2010

Quando chega a hora

Quem é meu amigo íntimo ou vem acompanhando o meu Fotolog sabe que no dia 07/05 a minha cachorra Ponka operou de um tumor na boca.
Aparentemente, depois da operação, ficou tudo bem. Mas aconteceram umas complicações, e o meu psicológico já não estava em seu estado normal. A seguir a história:

Comecei a me lembrar de quando ela chegou em casa, eu tinha uns 12 anos e ela 4 meses. Estava assustada pois vinha do interior, sim Ribeirão Pires. Um dia antes dela chegar, minha irmã e eu fizemos uma votação para decidir o nome dela.

Ponka foi a escolhida por causa do desenho da Pokahontas, nós eramos pequenas e não conseguiamos falar direito, por isso para a gente era Ponkahontas. E a galera resolveu aderir.

Já tive muitos cachorros, mas a Ponka foi a 1ª que eu ensinei a dar a patinha, sentar, deitar e virar de barriga para cima, tudo para ganhar um biscoito. Foi a primeira cachorra que comia sentada, um charme já que os outros comiam em pé.

Foi com toda a certeza a cachorra mais alegre e animada que já tive. Sempre correndo, brincando e super atenta. Eu sou muito dorminhoca, mas ela não me acompanhava não, quando o sino da igreja tocava às 12h ela saia correndo para o meu quarto e me acordava a lambidas.

Se não me engano, em meados de 2005 ganhamos mais um integrante na familia. O Billy.
Juntos eles faziam um casal lindo e me deram a linda Jully, que hoje é o amor da minha vida. Como vocês puderam ver o Billy não ficou muito tempo com a gente. Se foi.

E tudo parecia tranquilo, quando em Maio desde ano descobrimos um inchaço na boca da Ponka e um mal hálito mega forte. A levamos ao veterinário mais próximo, de onde nos veio o diagnóstico "Ela tem um tumor que deve ser operado imediatamente".

E assim foi feito.
Ela estava se recupendo bem, ficou banguela apenas de um lado, mas ela nem ligava e continuava alegre a avisar a rua inteira quando chegava alguém em casa. rsrs

Até que 2 semanas depois reparamos que o tumor ainda estava lá, voltamos no médico e ele nos mandou continuar com o medicamento. Só que o negócio foi crescendo muito rápido. Descobrimos um outro veterinário, um pouco mais distante mas com ótimas referências.

E então o diagnóstico: "Esse tumor era maligno, não tinha que ter operado. E ele ainda operou errado por que restou um dente, bem em cima do tumor, o que pode machucar mais ainda". Então mudou os remédios.

Desde o começo eu não estava muito bem psicologicamente. Eu cuidava dela, dava remédio, moia a ração para ela não se machucar mais ainda. Mas é triste ver alguém que amamos definhar.

Até que neste sábado (27/06) ela amanheceu com a boca torta e sangrando muito. Nem pensamos e fomos ao veterinário. Mas não teve jeito, a hora havia chegado.

"Eu não gosto de dizer isso, mas acho que vamos ter que fazer a eutanásia", depois destas palavras eu desabei, fiquei desasperada e não queria acreditar no que estava acontecendo. Liguei para a minha irmã (por que na realidade a cachorra é dela ... mas apenas para falar que é) e perguntei o que ela achava, se iamos a outros veterinários e tals, mas a única resposta que obtive foi "faz ué, se vira ai" e desligou.

Depois de avisado à veterinária tive que assinar uma autorização para que o procedimento fosse seguido. Me desesperei mais ainda, me senti uma assassina ou então a 'dona' do bando que assina um compromisso para os capangas obedecerem.

Então a veterinária, com os olhos marejados, me manda ficar ao lado dela, "Isso é muito difícil para o dono, mas pode ter certeza que para mim também". Não sabia o que fazer, não queria abandona-la, mas também não queria ver a cena.

E então a anestesia, ela fica mais calma e me olha com o "olhar cofap" (apelido que eu e minha irmã demos quando ela olha e embaixo fica um filete branco que dá um ar de dó impressionante, e o cachorro do comercial da Cofap fazia). Eu digo que ela vai ficar bem, vai encontar o Billy e prometi que ela não sentiria dor alguma.

E em segundos vi o seu peitinho parar de subir e descer com a respiração.

Nesse final de semana não consegui dormir, não consegui comer e o pior não conseguia parar de chorar e lembrar dessa cena.
Para poder ilustrar melhor o que digo ... assistam "Marley e Eu". Igualzinho.

Descansa em paz pretinha linda.



Mas uma coisa eu disse para a minha irmã: "A imagem vai sempre ficar na minha cabeça, eu nunca vou esquecer e muito menos te perdoar, pelo que você me fez ver. Mas de uma coisa você pode ter certeza, quem vai sempre ter o sentimento de culpa é você"

18 de junho de 2010

Medo ou preconceito?

Você já sofreu algum tipo de preconceito? Roupa, estilo músical, cor da pele, gorda, magra, de óculos ...

No ínício do mês eu fui ao teatro ver "A gorda", peça muito engraça e que nos pontuam de certas verdades. A história gira em torno de uma moça, gorda e feliz, que se apaixona por um cara. O cara também se sente atraido por ela, mas tem receio da opinião dos amigos e passa a peça inteira lutando contra isso.

Estou morrendo de vontade de contar o final, mas apenas posso pontua-los de que a peça é muito realista. Digamos um "drama-comédia".

Tenho alguns amigos que namoram e gostam de gordinhas, mas os seus comentários .. tsc tsc:
"Lógico que curtos as gordinhas, olha só para mim. Não posso conseguir coisa melhor"
"Foi o que me apareceu, melhor a cama cheia do que sem nada"
e por ai vai ...

Não vamos generalizar, tenho amigos que gostam de verdade e quando olham para alguma modelo falam "tá faltando carne ai" ou "que chata, nem tem onde pegar", etc.

Quando saí da peça fiquei pensando muito sobre o assunto. Pois eu também já sofri esse tipo de preconceito. Não sou gorda, mas é por que uso óculos.

Podem imaginar como a minha adolescencia foi, todos me chamando de 4 olho, de cega e várias outras coisas. Quando minhas amigas iam me agitar alguém sempre vinha um comentário do tipo "mas ela usa óculos" ou "não gosto de quatro olhos". Era tenso, mas eu não posso usar lente de contato e tive que me adaptar.

Quando tive o meu primeiro namorado achei que as coisas iam mudar, mas infelizmente nos 6 meses de namoro ele NUNCA quis me apresentar para os pais dele ou para os amigos de fora da escola (estudavamos juntos).

Ainda bem que existem as exceções e graças a elas aprendi a ser feliz e a confiar mais em mim. *-*

Apeça ainda está em cartz, corre por que vale a pena!!


Local: Teatro Procópio Ferreira

Preço(s): R$ 60,00 (sexta e domingo) e R$ 70,00 (sábado).
Data(s): Até 27 de junho de 2010.
Horário(s): Sexta e sábado, 21h30; domingo, 19h.


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