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13 de maio de 2008

Freguesia das Artes


Se andarmos pela Av. Edgar Facó (uma das maiores e mais conhecidas) encontraremos na altura do número 900 a praça Amália G. Solitari onde aos domingos acontece uma feirinha de artes, com o apoio da prefeitura e apartir da 2ª quinzena de outubro ela passara a funcionar aos sábados também.
Esta feirinha existe na verdade há 2 anos como clandestina e foi em fevereiro deste ano que a prefeitura resolveu cadastra-los e liberar o local, mas não é fácil.
Os interessados têm que se inscrever na subprefeitura da Freguesia/ Brasilândia onde passarão por uma rigorosa seleção, assim provando que os produtos são confeccionados por eles próprios, “O interessado traz para a subprefeitura o produto que confecciona e aqui na nossa frente faz outro, não pode ter nada já pronto ou comprado, assim selecionamos somente os verdadeiros artesãos.” Informou Antônio João Afonso de 59 anos, mais conhecido como João da banca, da coordenadoria da assistência social. “Afinal a maioria são aposentados e que vivem disso” conclui.
Se provado, o interessado assina o atestado de permissão de solo, que permite a sua estada na praça e pagando uma vez por ano um valor a prefeitura. O interessado já terá que ter a barraca ou providencia-la o mais rápido possível.
Luiz Eicard, aposentado de 80 anos, faz replicas perfeitas de carros antigos e novos com madeira, está na feira há 8 meses e diz que não é fácil, “Fico aqui o dia inteiro e só consigo vender uns dois carros por domingo se der sorte.”
Muitos passaram a ter conhecimento da feira através de parentes. Neide Paixão, aposentada de 60 anos, soube da feira pela irmã que tem lá uma barraca de panos de prato decorados e hoje ela vende bijuterias “Agora com a prefeitura ajudando fica muito mais fácil, eles estão arrumando a praça e isso chama clientes.”
Pensando nisso a prefeitura está com um projeto para a restauração da praça, além de limpa-la vão colocar brinquedos para as crianças, estacionamento e talvez até shows mensais, criando assim atrativos e chamando os moradores para participarem. “Não tenho muito do que reclamar, este é o meu 3º domingo e cada vez que venho a praça esta mais limpa, pretendo voltar muitas vezes ainda” opinou Maria Lucia Morales de 51 anos, vendedora de pastel.
E já estão começando pois os moradores e os artesão fizeram um abaixo assinado para retirar da praça uma capelinha que não funciona há muito tempo “Na praça existe uma capela que somente para enfeite por que não há nada dentro ela é apenas uma carcaça, mas de um tempo para cá ela se transformou em um prostíbulo e num grande encontro de drogados. Pretendemos tira-la para ajudar a feira também.” Informou João da banca.
A feira funciona das 9h as 17h mas a parte de alimentação fica até as 22h, pois é o horário mais forte para este tipo de comércio, Sônia França de 36 anos está na praça há 2 anos vendendo salgados e diz “É cansativo e perigoso mas gosto de trabalhar aqui, dá para ganhar uma graninha”
João da Banca também é fiscal da feira e sabe das condições de trabalho “Existe um projeto de melhorias que queremos começar o mais rápido possível, a feira começou com 120 artesãos e hoje temos apenas 10 devido as condições da praça, se melhorar sei que voltam. Porém estamos passando por uma troca de subprefeitos e não sabemos como vai ser, mas desistir jamais.”
Enquanto isso a feirinha está aguardando por vocês! Nada para fazer em um domingo de tarde que tal conhecer o que a sua região tem de melhor?

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