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6 de agosto de 2008

Feliz dia do que?




Mais um dia normal como todos os outros, levantei cedo, peguei o ônibus lotado e em seguida o metrô, também lotado.

Porém, hoje algo me chamou a atenção. Um homem segurava no colo uma menininha de no máximo uns 3 anos, provavelmente a sua filha, não tinha como dizer que não era e a menina com um jeito todo meigo brincava com os cabelos do pai, soltava uma gargalhada gostosa e em seguida eles deram um beijuinho de esquimó.

Fofo né? E dava para ver no olhar de ambos o enorme carinho que sentiam um pelo outro, a mãe estava junto e também recebeu beijinhos. Não tinha ninguém que não olhasse e não soltava um sorriso.

Vendo essa cena eu comecei a me perguntar: Por que temos datas específicas para dar presentes às pessoas que amamos?

Existem pessoas que não se dão bem com os pais, alguns nem se olham, outros se alfinetam apenas com um “Bom Dia”, e então chega um determinado domingo de maio ou um de agosto e todos ganham um belo presente. Nestas datas o que mais vemos é a hipocrisia dentro de uma caixa embrulhada com uma fita e um cartão escrito “Eu Te Amo!”.

Particularmente, eu não comemoro nenhuma dessas datas. Vivo com minha mãe e diante dos meus atos em todos os dias ela sabe que a amo, apesar dos problemas. Não vivo com o meu pai, e quando era criança (logo após a separação) só o via no dia dos pais. Daí te pergunto: Isso só para ele saber que é pai? Só para ele ganhar um presente? Só para dizer que me via?

Diante disso tudo a única coisa que posso dizer é: VIVA O COMÉRCIO!!!

Um comentário:

Bruna. disse...

consegue chorar sim, é só tirar essa armadura daí. não é tão dificil.

e as pessoas precisam aprender que não precisa de muito pra ser feliz, muitos amigos, muitos momentos, muito dinheiro. nada disso trás felicidade. aliás, a própria felicidade não é duradoura, da onde tiraram isso? felicidade é momentânea. a gente só precisa se acostumar com ela, porque com o resto já somos acostumados.

bjo!